Cais da Língua

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No desafio da vida talvez a luta não te compreendesse
Mas é que você já não me santifica mais
Queria seu passado sem frestas
Agora vejo fotos felizes e morro na boca do destino
Costurado a farpas e ferros
Na carne
No osso


Que venha a vermelhidão dos lábios
Sinal de mudança
Resquício da alma
Contato com o Deus
A morte seria um quebra-cabeça?!

Eu sou, pedra no mundo
escarlate em seus olhos

Nem vejo mais fúria
só o desdém apático da sua sombra
Maltrapilha
vertiginosa e simples
como se a casca pensasse ser forte
Como se eu fosse ela


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o terço acompanha a missa
perdão te fiz, amor
perdão te peço amor
quero seu peito
cravado na cama
feita de fios
e rasga mortalhas
Cais da Língua




Já não cabe mais tudo em nós
As duas partem já unidas
Transbordam talvez o fôlego da alma
Ringindo os dentes
Criando força para não matá-los [sufocados]
Na adversidade da vida
No choro da criança
Nos lençóis de graxa
Púrpura da cor do mar
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Cais da Língua

Enquanto os ruídos das bocas voavam

Eu pensava em festas e rostos sobre máscaras
Sua mensagem veio tirando-me do silêncio profundo
Forçando a mente a falar


Criando no seio um simples acaso
Cais da Língua


Mais uma vez a saudade me aconchega. Triste companhia. Eu não quero ser passado nem recordação, quero é está colado na carne, visgado na alma.
Seria melhor se não fosse, mas já que vai que tenha todas as forças, iguais aos guerreiros dessa nova terra.
Que seja acolhida, pois também você é filha do ventre.
Que aguente o que virá o que já veio e o que desbravar, entre os solenes eu que te quero, você será pedra dentre os colares, o mais precioso.
Não importam as dores, como tudo que se repete, iremos nos reencontrar, está no dèja vú da vida, no ciclo.
Eu e você nesse qualquer lugar do mundo. Talvez a passagem das cores...
Por onde andei?
Cais da Língua
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Cais da Língua
Parece-me que algo me foi roubado
Não o seu amor muito menos o meu peito
Talvez a essência de tudo
Sem consolo e culpa
Cais da Língua


Parece-me que algo me foi roubado
Não o seu amor muito menos o meu peito
Talvez a essência de tudo
Sem consolo e culpa.

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