Cais da Língua

Resolvi sair de preto hoje
Sem as armas de Jorge
Sem as malas de Bete
Com as relíquias no peito
Preto-lembrança
preto-saudade
Preto-verdade

Tudo passado púrpura
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Cais da Língua

Parei um pouco e sucumbi-me
Visto que era apenas sombra e morte
Depus a pintar-lhe o álbum de fotografias
Cada uma com sua pesada lembrança
Acomodada no sorriso frenético do palhaço
Esquecida na poeira asmática.